terça-feira, 16 de setembro de 2008

Parar?


Parar. Parar não paro.

Esquecer.
Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro pago o preço.

Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.

Um rio, só se fôr claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei ávaro
se carácter custa caro pago o preço.

Sidónio Muralha

Sem comentários: